Paciente nascida em 07/06/1976, é atendida em 1987, com onze anos de idade, com antecedente de duas intervenções cirúrgicas prévias, de curetagem de lesão no úmero proximal esquerdo, havia um ano.
O laudo anátomo patológico diagnosticava tratar-se de osteossarcoma do tipo paraosteal, que devido à manipulação cirúrgica havia invadido o canal medular e já apresentava dois nódulos metastáticos para o pulmão, figuras 1 à 5.
A única cirurgia possível, era a ressecção completa da lesão do úmero esquerdo. Realizamos a reconstrução com endoprótese de polietileno, que é mais leve do que as próteses metálicas, operando a paciente em dezembro de 1997, figuras 6 à 9.
Em segundo tempo, foi realizada a toracotomia para exerese dos dois nódulos pulmonares metastáticos, figuras 10 e 11.
Em reunião multidisciplinar, optou-se por não realizar tratamento quimioterápico adjuvante, apesar da ocorrência das metástase pulmonares, pois estas consistiam em tecido ósseo maduro, sem nenhuma atipia celular. O caso foi acompanhado clínica e radiológicamente, figuras 12 à 15.
Nesta avaliação clínica, após o terceiro mês da toracotomia para a retirada dos nódulos pulmonares, apareceram duas imagens condensantes no ombro operado. O caso foi rediscutido em reunião multidisciplinar, optando-se por acompanhar radiograficamente a cada mês, e não realizar quimioterapia.
Após seis meses de acompanhamento decidimos realizar a ressecção da recidiva local, figuras 16 à 18.
Os nódulos ressecados apresentaram o mesmo aspecto anátomo patológico: osso maduro, sem atipias, sendo mantida a conduta de não realizar quimioterapia.
A paciente continua sendo acompanhada até os dias atuais, sem tratamento quimioterápico.
É preciso ressaltar que o paciente em acompanhamento oncológico sofre a cada avaliação de controle. Por isso é prudente previní-los, quanto ao pequeno nódulo pulmonar calcificado do complexo primário da tuberculose, que é normal e esta presente na grande maioria da população. Desta maneira estaremos poupando sofrimento desnecessário tanto ao paciente como aos familiares.
Em 2018, paciente bem após 31 anos do tratamento.
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Autor : Prof. Dr. Pedro Péricles Ribeiro Baptista
Oncocirurgia Ortopédica do Instituto do Câncer Dr. Arnaldo Vieira de Carvalho
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